As sociedades primitivas, sociedades sem Estado

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As sociedades primitivas são sociedades sem Estado. Esse julgamento dissimula um juízo de valor. O fato que se enuncia é que as sociedades primitivas estão privadas de alguma coisa. O Estado, que é necessário a toda sociedade. Sendo pois incompletas, não são verdadeiras sociedades, não são policiadas e subsistem na experiência da falta do Estado, que tentariam sempre em vão suprir.
O Estado é o destino de toda sociedade. Mas não se pode imaginar uma sociedade sem um Estado. Temos portanto um pensamento etnocentrista. Como conceber portanto a própria existência da sociedade primitiva, à não ser como espécie a margem da história universal, sobrevivências anacrônicas de uma fase distante, e em toda parte alias há muito ultrapassada? Isso nos mostra a outra face do etnocentrismo, de que a história tem um sentido único, d que a sociedade tem etapas a percorrer, partindo da selvageria que conduz a civilização.
Segundo Reynal “ todos os povos policiados foram selvagens”. Por trás das formulações modernas, o velho evolucionismo permanece verdadeiramente intacto. Já se percebeu que, quase sempre as sociedades arcaicas são determinadas de forma negativa, sob o critério de falta; falta do Estado, da escrita e da história. Se quisermos também significar que as sociedades primitivas desconhecem a economia de mercado onde são escoados os excedentes, percebemos mais uma falta, sempre com referência ao nosso mundo, essa sociedade não dispõe de mercado. Porém, objetivando o bom senso, para que serve um mercado se não possui excedentes?
Ora, as sociedades antigas praticavam a economia de subsistência, não produziam portanto excedentes, porque estariam preocupados em produzir o mínimo necessário à sobrevivência, à subsistência. E afim de explicara a incapacidade de conseguir sair dessa alienação do dia-a-dia em busca de alimentos, invocam os subequipamentos técnico, a inferioridade tecnológica.
Não existe hierarquia no campo da técnica, nem tecnologia superior ou inferior. So se

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