As rochas e sua organização segundo a tectônica de placas
Nas semanas anteriores vimos os princípios da tectônica de placas e os processos que originam as rochas, dois temas muito importantes para o entendimento do sistema Terra. Sabemos que as partes superficiais da geosfera são constituídas por dois tipos de litosfera: a continental e a oceânica.
Cada qual com suas características. Agora vamos trabalhar com conceitos que visam auxiliar o entendimento de como as rochas estão distribuídas na superfície da Terra à luz da teoria da Tectônica de Placas.
Sabemos que as crostas oceânicas são constituídas, em sua maior parte por basaltos, que são gerados nas cordilheiras oceânicas e em alguns vulcões.
Em sua maioria os basaltos modernos são gerados nestas condições, principalmente nas zonas de divergências de placas. Atualmente, os basaltos estão se formando nas cordilheiras meso-oceânicas e mesmo sobre crosta continental no nordeste africano, onde a crosta continental está se rompendo
(ver no item A Tectônica de Placas: uma das maiores revoluções científicas da segunda metade do século XX). Se aplicarmos o princípio do atualismo, a analogia formulada por James Hutton (ver no item A ciência geológica e seus métodos), os basaltos mais antigos teriam a mesma origem, ou seja, foram gerados em condições semelhantes às atuais, nas antigas áreas de geração de crostas oceânicas.
Por analogia, se encontrarmos basaltos aflorantes em uma região, por exemplo, na parte mais interior do território brasileiro, digamos, no Triângulo
Mineiro, podemos pensar que aquele basalto teve origem em um momento em que aquela região estava se rompendo, como hoje se rompe a crosta continental do leste africano. Algumas questões podem surgir sobre este exemplo: - Se isto aconteceu no passado geológico, há algo estranho, pois hoje estes basaltos estão na parte interior da crosta continental da placa Sulamericana, e não na borda. Como isto é possível?
- Quando se formaram