As organizações vistas como máquinas

As Organizações vistas como máquinas Atualmente, pode-se notar que a mecanização implantada nas organizações modernas ao mesmo tempo em que trouxe um grande desenvolvimento para as mesmas, trouxe também fatores que são questionados constantemente, como a alienação do homem em suas atividades, o êxodo rural para os centros urbanos, a degradação ambiental entre outros. Analisando-se a vida organizacional, observa-se que esta é baseada em uma rotina em que frequentemente o trabalho é mecanizado e repetitivo, onde este tem seu planejamento baseado nas máquinas nas quais os trabalhadores deverão trabalhar, bem como, em muitos casos sentirem-se partes das mesmas. Assim, com tais características, surgem as organizações burocráticas. Com a Revolução Industrial, a invenção e a proliferação de máquinas mais potentes fizeram com que as organizações se tornassem cada vez mais mecanizadas, uma vez que, com o uso de tais instrumentos, as indústrias teriam que adaptar-se às exigências das máquinas. Com isso, houve uma crescente tendência no sentido de burocratização e também rotinização da vida em geral. O trabalho artesanal passa a ser cada vez mais mecanizado; a divisão do trabalho começa a ser utilizada cada vez mais com freqüência, uma vez que os donos de fábricas buscam aumentar a eficiência e novas técnicas começam a ser utilizadas, afim de que os empregados aceitem a rigorosa rotina de produção da fábrica. Para o sociólogo alemão Max Weber, através de suas observações em relação à mecanização da indústria e à proliferação das reformas burocráticas das organizações, “as formas burocráticas rotinizam os processos de administração exatamente como a máquina rotiniza a produção” (...) Assim, segundo Weber, a burocracia é caracterizada como uma forma de organização que dá ênfase à precisão, rapidez, clareza, regularidade, confiabilidade e eficiência, sendo estas atingidas por meio da criação de uma divisão de tarefas fixas, supervisionadas hierarquicamente, com regras detalhadas