As dimensões politicas e sociais da sociedade chinesa e suas conquistas culturais ao longo da história.

Dentre todas as sociedades do período que antecedeu as grandes navegações, nenhuma parecia mais poderosa que a Chinesa, sua população, um pouco superior a cem milhões de habitantes, constituía mais que o dobro da população da Europa.
Uma burocracia treinada para as funções públicas dirigia sua adminstração de maneira unificada e disciplinada, o lider Qin, Ying Zeng, se auto-intitulou Primeiro Imperador ( Shi huangdi). A dinastia Qin deixou sua marca na China por diversos feitos de engenharia e também culturais, a meta de Shi huangdi era preservar o poder, não importando se isso beneficiaria o povo. Não se presumia comunhão de interesses entre rei e suditos.
No campo cultural a escrita foi padronizada e unificada em duas formas: a escrita em selo e a de escritório, utilizada mais para o dia-dia.
Construiram-se estradas imperiais quanto no Império Romano, dentre todas as obras exageradas do Imperador, a mais espantosa foi descoberta por arqueólogos em 1974. Enterrados junto a tumba-mausoléo do Imperador Qin foram encontrados 7.500 soldados de cerâmica em tamanho natural, até hoje estão sendo desenterrados.
As muralhas foram construídas pelos Qin e outros Reinos Combatentes, mais tarde por algumas dinastias. O vasto sistema de muralhas que hoje vemos foi construído principalmente com o intuíto inicial de afastar os nômades não- chineses ao norte.
Um aspecto importante a ressaltarmos, era a precocidade tecnológica dos chineses, eles eram grandes produtores de ferro, provavelmente foram os inventores da pólvora e já fabricavam canhões no século XIII. Eles também inventaram a bússola.
Dotados de tantos conhecimento, os chineses poderiam perfeitamente ter percorrido o caminho de Vasco da Gama em sentido inverso e ter “ descoberto” Portugal antes mesmo que os navegadores portugueses tivessem iniciado suas viagens.

Referências bibliográficas para a produção do texto:

FAIRBANK, John King; GOLDMAN, Merle. China uma nova história. Tradução de Marisa Motta – 3