Artigo - Violência Contra Mulher

Primeiramente, tomemos a definição de violência contra a mulher conforme a lei 11340/2006 Lei Maria da penha). “Art. 5°. Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. Podemos elencar as principais causas geradoras de violência contra a mulher: o alcoolismo, pois na maioria das vezes o agressor se encontra embriagado no momento da agressão; dificuldades sexuais, as quais podem levar a situações agressivas; falta de dialogo onde a mulher se omite na relação e o homem impõe sua vontade através da força; cultural, quando essa atitude é corriqueira no seu âmbito familiar; uso de entorpecentes como forma de atenuar as dificuldades do cotidiano.
Urge esclarecer que a violência citada não ocorre somente nas classes de baixa renda. Podemos afirmar que as agressões acontecem também no âmbito das classes média e alta, porém, as vitimas evitam se expor publicamente afim de evitar o constrangimento social, alegando motivos diversos para o aparecimento de hematomas e ferimentos, não procurando o serviço de apoio e prevenção contra a violência à mulher.
Anteriormente à criação das delegacias de Proteção e defesa da mulher, as denúncias eram realizadas em delegacias comuns, ou seja, as queixas eram recebidas na maioria das vezes por homens que as tratavam com descaso e tinham um julgamento preconceituoso das mulheres agredidas, fazendo com que o registro das queixas se tornasse bem inferior ao número de casos ocorridos. “O caderno de saúde pública informa que no Brasil, a cada ano, cerca de 300 mil mulheres registram agressões corporais vindas de seus maridos ou companheiros, e que mais da metade das mulheres assassinadas foram mortas pelos seus parceiros”. (PENHA, PAG100 A 101)
É conveniente dizer que na última década a violência contra mulher passou a ser um problema de saúde pública, por