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Introdução
É necessário iniciar este artigo com as informações essenciais ao entendimento da vida e obra do filósofo em questão, inclusive o contexto histórico ao qual esteve inserido. René Descartes nasceu em 31 de Março de 1596, no vilarejo de La Haye, na França. Foi mandado para internato no colégio jesuíta de La Fleche em 1607, onde estudou humanidades e filosofia. Fez também cursos nas “artes verbais” da gramática, retórica e dialética (lógica), nas “artes matemáticas”, que incluíam aritmética, música, geometria e astronomia e ainda cursos de metafísica, filosofia natural e ética. Graduou-se em direito na Universidade de Poetiers, mas não seguiu a profissão. Em 1618, Descartes engajou-se como cavaleiro voluntário no exército holandês comandado por Maurício de Nassau.
Estacionado em Ulm, na Alemanha, ainda como soldado, Descartes teve três sonhos que lhe deram a visão de uma ciência universal e inspiraram a busca de um novo método. Começou então a escrever Regras para a condução da mente, mas o projeto seria abandonado mais tarde. Em 1629 começou a trabalhar O mundo, que não publicou devido à condenação de Galileu, em 1633. Só em 1637 é que publica a Dióptrica, os Meteoros e a Geometria, é o Discurso do método. É nessa obra que Descartes apresenta um novo método para se chegar ao conhecimento. Finalizados os seus estudos, não havia encontrado uma verdade absoluta e por isso decide procurá-la em si mesmo. Mas isso envolve também questões externas que se deve observar. O período em que viveu René Descartes está inserido numa época que foi definida como Modernidade. É uma nova era que se inscreve a partir dos conceitos de “Renascimento” e “Reforma”. Nos séculos XIV e XV a Europa havia enfrentado a peste negra, a fome e terríveis guerras. Entretanto, o continente triunfou sobre essas catástrofes e viveu um novo tempo, de novas experiências. O avanço das ciências, a descoberta do Novo Mundo e de seus povos, o retorno às fontes antigas do pensamento e da beleza