Arte e educação e movimento

4.2 “Para compreendermos e assumirmos melhor as nossas responsabilidades como professores de Arte, é importante saber como a arte vem sendo ensinada, suas relações com a educação escolar e com o processo histórico-social. A partir dessas noções poderemos nos reconhecer na construção histórica, esclarecendo como estamos atuando e como queremos construir essa nossa história. (FUSARI e FERRAZ, 1992, p. 20-21). [...] Atualmente, percebe-se nas escolas brasileiras de Ensino Fundamental e Médio, bem como no Ensino Superior, a influência persistente das tendências - escolanovista e tecnicista - permeando a ação dos professores no ensino-aprendizagem de arte. Tantas décadas se passaram e elas permanecem fortes em muitos estabelecimentos de ensino, norteando a prática de grande parte dos professores.”
[SCHRAMM, Marilene de Lima Körting. As tendências pedagógicas e o ensino-aprendizagem da arte. In: PILLOTTO, Silvia Sell Duarte; SCHRAMM, Marilene de Lima Körting (Orgs.). Reflexões sobre o ensino das artes. Joinville: Ed. Univille, 2001. v. 1, p. 20-35.]

São características identificadoras das tendências apontadas no texto acima:

I) Acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais e traz como característica a não centralização do ensino na pessoa do professor. O que se torna importante é o desenvolvimento das aptidões que cada um possui e a adaptação do trabalho em grupo.

II) Com esta tendência surge uma nova visão da criança/aluno, tendo o experimentalismo como foco e legitimação científica do processo ensino-aprendizagem. Com os objetivos centrados nos alunos, os educadores adeptos a esta concepção buscam uma sociedade mais igualitária e justa atribuindo à educação a inclusão dos estudantes em seu ambiente social, contrapondo-se à educação tradicional.

III) Tem como ponto de partida a análise da realidade social de forma crítica, visando a transformação sociopolítica da educação.

IV) Modeladora do comportamento humano através de