Arte sacra

Arte Sacra Capela dos Índios Fundamentação teórica

O que é Arte Sacra na visão de João Cândido Portinari

Todo homem tem criatividade, existem duas categorias de arte, a arte mecânica ou técnica e a arte humânica ou cultural. Todas as artes mecânicas são humanas, pois tem a capacidade criadora do homem. (Portinari. C, J, p.9).

A Arte Sacra ou Religiosa como muitos conhecem, não é uma estética da manifestação religiosa, mas sim típica de cada arte. È prova do sentimento humano, seu devotamento a Deus ou negação, essa devoção ou negação pode ser individual ou coletivo, ou ainda como o autor cita.

“[...] pode ser sem que o artista participe pessoalmente da consciência dessa ligação inevitável do homem com Deus, da criatura com o criador, é que faz, nos atores, a possibilidade daquilo que Diderot chamou” Le paradoxe Du comédien”, isto é, uma encarnação de personagens místicos ou literários, sem que o autor participe da natureza desses personagens representados [...]”. (Lima. Alceu, Amoroso, 1982).

Quando um artista faz uma obra de Arte Sacra, não necessariamente ele precisa ser devoto da religião, mas a sensibilidade o leva a fazer o belo. Sendo assim não é necessário que o artista seja religioso para sua arte ser autêntica. O que faz uma arte ser religiosa é ser bela e verdadeira para se encontrar com o humano, segunda a visão dos cristãos. O artista Portinari fez várias obras religiosas e todos têm a consciência de que consegue fazer a comunicação com a autonomia criadora e mística que a Arte Sacra sugere. As imagens sacras da Capela dos Índios em sua maioria são de artista anônimo, por isso fomos buscar informações em um artista de renome como Portinari. Algumas imagens foram reconstruídas por terem sido destruídas em junho de 1952, por um morador. Mas segundo inscrição na verga da porta principal da capela, sua inauguração foi em 18/07/1622, construída pelos índios e jesuítas. A única imagem que se sabe quem foi