Arte Pré-Colombiana e a Invasão ocidental

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ
CENTRO DE LETRAS E ARTES
ESCOLA DE BELAS ARTES
CURSO DE HISTÓRIA DA ARTE

Estética Ameríndia – Um estudo da Arte Americana.

Disciplina Arte Pré-Colombiana – 2014.1
Docente Patrícia Corrêa
Discente Carlos André Costa Moreira – DRE 106080287

Introdução
Desde a invasão dos colonizadores espanhóis e portugueses às Américas no século
XV vive-se o complexo conflito entre europeus e os povos nativos. Em longo relato sobre o processo em “A Conquista das Américas”, Todorov apresenta como a perícia dos invasores espanhóis em associar-se as culturas nativas Maia e Asteca. Personificada na figura de
Hernán Cortéz e sua de sua consorte, Malinche. Malinche é uma das poucas mulheres identificadas na história. Seu papel é visto como fundamental: uma ex-escrava nativa do continente, que apoiou a conquista espanhola da América. Seu papel de tradutora e mediadora das interlocuções entre Cortés e as civilizações conquistadas garantiu a assimilação de Cortéz da cultura Maia e Asteca, permitindo a vitória final do pequeno exército espanhol. Uma conquista considerada fenomenal porque a população nativa era contada em milhões habitantes. Através da exploração dos próprios conflitos entre as civilizações ameríndias, do entendimento dos valores culturais, que Todorov justifica a vitória de Cortéz.
Não é original na história que conquistadores bem-sucedidos assimilem as culturas dominadas. Maquiavel em seu ensaio “A Arte da Guerra” (dedicado a Lourenço de Médici em
1519), descreve dois grandes meios para se conquistar outra cultura: aniquilação ou sua subsunção coercitiva à cultura dominante. Maquiavel, então inserido na política belicosa da
Itália de seu tempo, organiza o conhecimento de tratados históricos até seu tempo. Cria pontes entre grandes potências do passado como Roma e Grécia. Para ele o poder era uma conquista da posição, astúcia e diplomacia – uma ferramenta fundamental aos Grandes.
O encontro dos