Artacho Jurado - edifício Viadutos

EDIFÍCIO VIADUTOS
JOÃO ARTACHO JURADO
Reconhecidamente autodidata, Jurado conquistou admiração das pessoas, desenvolvendo teorias sobre o conforto e o lazer comunitários dentro de alguns edifícios que realizou – e ao mesmo tempo, o ódio e desprezo de parte dos arquitetos paulistas, sobetudo os defensores do modernismo como uma corrente viva dentro da prática e ensino de arquitetura. Como não possuía formação técnica ou diploma de curso superior, foi ridicularizado na imprensa especializada por profissionais, que classificavam sua obra como uma ameaça aos princípios do modernismo.
O que incomodava os outros arquitetos era a falta de brasilidade na arquitetura.
Segundo Eduardo Corona, Artacho revelava desprezo pelas marcas de identidade nacional. Podia-se comprovar esse viés no gosto de Artacho ao observar-se as cores que geralmente escolhia para o exterior de seus prédios: o azul colonial, o rosa, o amarelo, etc.
Foi no período de 1940-1960 que projetou e executou, pela construtora Monções, a maioria de suas obras (fossem edifícios ou casas) – que, em pouco tempo, tornaram-se referências arquitetônicas e urbanas nas cidades de Santos e São Paulo.
O fato de nao possuir diploma de curso superior imprediu-o legalmente de assinar seus projetos. Para contornar a dificuldade, teve apoio de engenheiros – que, além de serem responsáveis técnicos e autores dos projetos perante o Conselho Regional, foram os calculistas em algumas obras.
Não se pode negar, mesmo em meio a controvérisas, contradições, desvarios e enaltecimentos, que João Artacho Jurado escreveu algumas páginas na história da construção civil paulistana e santista.
Buscava uma verticalização voltada para moradia de aluguel e de baixo custo – e com alto índice de aproveitamento – foi um dos desafios ao propósito da arquitetura moderna, que respondeu com a produção de plantas livres. A partir daí, o processo de verticalização estendeu-se e acelerou-se.
A vida profissional de