Arquitetura
Uma proposta metodológica
Existem diversas teorias e propostas metodológicas para o Desenho Urbano. Nenhuma delas é completa e suficiente por si própria e todas vêm complementar as metodologias de Planejamento Urbano e Arquitetura já conhecidas, que continuam sendo necessárias para a analise e o desenho do urbano. Como já comentamos, o Desenho Urbano não é uma disciplina mas define um campo disciplinar, para onde convergem, portanto, métodos de análise e atuação de várias disciplinas.
Diversas metodologias de Desenho Urbano, no entanto, nos levam a diferentes dimensões de análise da cidade e conseqüentemente a compreensões diferenciadas. As diversas posições conceituais nos levam a identificar diferentes facetas das problemáticas analisadas que, por sua vez, solicitarão do “designer” diferentes posturas quanto ao desenvolvimento dos diversos caminhos para a elaboração das proposições de intervenção. Muitos afirmam estar aí a fragilidade do Desenho Urbano e a prova de que, por não possuir corpo teórico especifico, ele não existiria como uma disciplina independente. Entretanto, as suas necessidade e especificidade para a dimensão fisico-ambiental das cidades já foram exaustivamente discutidas e comprovadas no desenvolver deste trabalho. Sua alegada fragilidade tampouco existe porque é exatamente da riqueza de dimensões analíticas e em sua complementaridade que reside a sua força maior, possibilitando-nos uma maior oportunidade para uma melhor compreensão da complexidade do fato urbano.
Evidentemente, será um equivoco considerar única e inequívoca qualquer das teorias existentes como, aliás, quer grande número de seus autores. Como em qualquer campo do conhecimento, teorias levam a análises e conclusões específicas que, geralmente, só nos mostram certos ângulos da realidade. Nunca teremos, é verdade, uma teoria suficientemente holística para nos permitir uma compreensão completa do urbano. Devemos lembrar, como nos diz LANG (1987:14), que “teorias