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Curso de Arquitetura e Urbanismo

Fichamento do texto “Corredor Cultural Estação das Artes: dilemas da participação” de Wellington Cançado

Dificilmente não dá pra ficar, em um primeiro instante, bastante confiante e empolgado graças as propostas e os encaminhamentos apresentados por Rafael Barros em nome da Comissão de Acompanhamento do projeto do Corredor Cultural Estação das Artes, na noite do dia 28 de maio, no CentroeQuatro. E também feliz, frente ao numero de pessoas presentes e disponíveis para discutir e participar da construção de outro modelo político cultural e espaço urbano. Mais importante porque as ideias e proposições apresentadas são, interessantes, estruturais e potencialmente transformadoras das relações dos espaços e equipamentos públicos.
Impossível também negar que não percebemos o quanto essas propostas transformadoras e imaginativas, que esbarram nas escolhas feitas pelos autores do projeto de desenho urbano, coordenado pelo arquiteto Andre Buarque. E perceber como essas ideias não saem do papel e emperram na medida que a própria participação dos cidadãos e da Comissão passam a legitimar o desenho urbano proposto primeiramente.
Assim, para avançarmos, cabe inicialmente perguntar: a quem realmente interessa um Corredor Cultural nos moldes propostos? O que realmente se entende por arte e cultura no âmbito desse Corredor? Qual o papel da Comissão de Acompanhamento para além do mero acompanhamento? E, por último, quais as possibilidades colaborativas e cidadãs não consideradas para o (re)desenho dos espaços propostos pelos arquitetos?
O projeto do Corredor Cultural parece ser mais um projeto de gentrificação do espaço urbano, sobre o pretexto de “revitalizar” a área. No caso do Corredor, que se localiza em uma área de grande diversidade cultural e social, para álem de macro-interesses como políticas e imobiliários, ainda não se sabe da população e dos seus grupos o seus interesses para a implementação. Uma das respostas,