Aron- resumo estudos sociológicos

Estudos Sociológicos- Aron (Capítulo 4):
CLASSES:
- Os sociólogos não chegam a uma conclusão sobre a definição do termo classe, seja porque nem todos o empregam para designar a mesma realidade, seja porque tenham outra visão da realidade à qual se aplica. Pelo menos admitem que os grupos sociais merecem ser chamados de classes.
- A própria legitimidade de conceitos como “classe política”, “ classe dirigente” ou “ elite” permanece discutível para certo número de sociólogos. A elite de poder se origina na imaginação morosa do sociólogo ou domina efetivamente a sociedade americana?
- O fato dos sociólogos americanos e marxistas não gostarem do conceito de classe dirigente ( P.145 e 146).
Fato incontestável: o problema da classe dirigente está repleto de implicações ideológicas. A análise sociológica deveria ter por finalidade delimitar as possibilidades e os limites do estudo objetivo.
-A França pré- revolucionária e a moderna:
A sociedade pré- revolucionária era composta de ordens ou estados.Antes de 1789, os franceses não nasciam livres e iguais, não tinham todos os mesmos direitos, não estavam todos submetidos às mesmas obrigações. A heterogeneidade do estatuto jurídico era tida como normal. Qualquer que fosse a mobilidade social, as classes eram hereditárias; o estatuto jurídico do nobre como o do não-nobre estava determinado pelo nascimento.
A Revolução Francesa fez emergir uma sociedade cujos princípios são fundamentalmente outros. Todos os membros da coletividade se tornaram teoricamente submetidos à mesma legislação, e, mesmo que a limitação ao direito do voto, a distinção dos cidadãos ativos e passivos tenham sido mantidas na Europa Ocidental durante a maior parte do século passado, os teóricos reconheceram e proclamaram a extensão universal da cidadania. Juridicamente homogênea, composta de cidadãos iguais perante a lei, a sociedade moderna também era dividida em grupos, que se organizavam numa hierarquia mais ou menos nítida, os membros de cada