Aristóteles e a corrupção brasileira

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Um dos maiores pensadores e filósofos de todos os tempos, Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) foi aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Sua cosmologia afirmava que o mundo sublunar, aquele que residimos, era imperfeito, por isso, sempre propenso a transformações e mudanças. Em contrapartida, o mundo supralunar, que estaria acima de nós, era formado de éter, e este seria o mundo da perfeição, imutável.
A metafísica aristotélica admitia que matéria e forma eram complementares, constituíam uma única realidade, corrente denominada de hilemorfismo. Segundo o filósofo, todas as coisas são em potência e ato. Mas esses conceitos seriam impossíveis de ser explicados, mas seriam intuitivos, de modo que todos sabemos o que seria ato e potência. O ser passa da potência (dynamis) ao ato (energheia) a partir de um princípio externo de mudança (techné) e um princípio interno (psyché). Quando Michelangelo afirma que não esculpiu Davi, apenas retirou o excesso da pedra, exprime esta ideia de Aristóteles: Davi já existia em potência dentro da pedra, foi transformado em ato pelo artista.
A ética de Aristóteles tem como pressuposto fundamental a seguinte frase: “O ser humano é, por natureza, um ser animado político.”. O que o filósofo quis dizer é que o homem é um animal falante, que tem a capacidade de deliberar por meio da linguagem. Nós não somos humanos por algo intrínseco a nós, mas sim pela comunidade em que estamos inseridos, pois é a polis que nos torna homens. O homem, além de viver em sociedade, também a autodetermina, escolhendo seus representantes e se torna ato quando exerce a vida política; ele atinge seu fim quando atinge o alvo final da sua vida, que é a eudaimonia, ou a realização plena dos objetivos da vida humana.
O homem, para o filósofo, seria formado de três almas: a alma vegetativa, aquela que promove o crescimento; a alma sensitiva, aquela que busca o prazer e o afastamento da dor e a alma racional, que se relaciona com a ação e o

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