aristoleles

820 palavras 4 páginas
Livro III:
Apenas as paixões e ações são louvadas ou censuradas, ao passo que as involuntárias recebem perdão e às vezes inspiram compaixão, parece necessária a quem estuda a natureza da virtude a distinção entre o voluntário e o involuntário. São consideradas involuntárias aquelas ações que ocorrem sob compulsão ou por ignorância.
Tudo o que é feito por ignorância é não-voluntario, e só o que produz sofrimento e arrependimento é involuntário. Tendo definido o voluntário e o involuntário, devemos passar agora ao exame da escolha, a qual, com efeito, parece estar mais intimamente ligada a virtude do que as ações.
Agir por ignorância também parece diferir de agir na ignorância.
O desejo se relaciona com os fins, e a escolha com os meios. A escolha é louvada pelo fato de relacionarem-se com o objeto conveniente ou por ser acertada, ao passo que a opinião é louvada quando é verdadeira. Escolhemos o que sabemos ser melhor. A escolha é um desejo deliberado de coisas que estão ao nosso alcance, pois, após decidir em decorrência de uma deliberação, passamos a desejar de acordo com o que deliberamos.
O desejo tem por objetivo o fim, algumas pessoas pensam que esse fim é o bem. No sentido absoluto e verdadeiro o objeto de desejo é o bem, mas para cada pessoa em particular é o bem aparente. Escolhemos o agradável como um bem e evitamos o sofrimento como um mal. Os fins aquilo que desejamos, e os meios aquilo sobre o que deliberamos e que escolhemos as ações relativas aos meios devem concordar com a escolha e ser voluntárias.
É preciso ter nascido com uma visão moral. Dessa qualidade é a excelência perfeita no que tange aos dotes naturais.
Homem bom adota voluntariamente os meios, a virtude é voluntária, e o vicio não será menos voluntário. As virtudes são meios e também são disposições de caráter, que, alem disso, tendem por sua própria natureza a realização dos atos pelos quais elas são produzidas; que dependem de nós, são voluntárias e agem de acordo com as

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