Arcadismo em Portugal

Hoje falaremos sobre produção literária do século 18 em Portugal, ou seja, falaremos do Arcadismo Português. Mas antes, temos que entender, o que é Arcadismo? Arcadismo vem da palavra Arcádia, nome de uma região montanhosa no Peloponeso na Grécia, essa região era considerada no plano mitológico como lugar de morada dos deuses, e no plano real Arcádia era uma região habitada por pastores que além do pastoreio dedicavam-se a poesia. O Arcadismo Português tem inicio por meados do século 18 que começa com a fundação da Arcádia Lusitana e se estende até 1825 quando temos a publicação do poema de Camões de Almeida Garrett que marca o inicio do romantismo em Portugal, o contexto histórico do Arcadismo foi de muitas transformações e nesse momento temos um grande movimento chamado Iluminismo, como o próprio nome já sugere esse movimento tem por objetivo iluminar, clarear os valores e as verdades desse período, mas essa iluminação sob a luz da ciência e da razão. Tudo isso de alguma maneira acaba refletindo na produção literária do período, no Arcadismo conseguimos aquilo que o Barroco sempre se propôs: A fusão entre fé e razão. Neste momento nós temos o surgimento das Arcádias, e o que foram essas Arcadias? Arcadias eram grupos de poetas que se reuniam com objetivo de retomar, de redescobrir o equilíbrio e a sabedoria da antiguidade Greco-Latina, que era a antiguidade clássica até então. A Arcádia Lusitana representou principalmente um movimento de rebeldia contra os valores Barrocos, vejamos o próprio símbolo da Arcádia “Inutilia Truncat” é uma frase latina que significa: Cortas as inutilidades. E como sugere o desenho com o instrumento cortante numa clara referencia ao corte aos exageros do Barroco. Os Poetas do Arcadismo buscavam uma recuperação dos valores da antiguidade Greco- Latina, e como já vimos os clássicos eram considerados símbolos da sabedoria e do equilíbrio e é por isso que também chamamos o Arcadismo de Neoclassicismo. Neo significa novo, novo