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INTRODUÇÃO

A constituição dos sujeitos na sociedade contemporânea se delimita segundo um status que é menos individual e cada vez mais coletivo, na medida em que se perde de modo significativo a delimitação do que é específico e do que é social e ainda daquilo que diz respeito ao indivíduo enquanto ser único e enquanto pertencente a um determinado grupo social.
Segundo Bauman, o que antes era privado, intimo do ser humano ( como seus sentimentos) hoje está exposto nas mídias em geral, fazendo com que sejam excluídos aqueles que não se expõem de tal forma. Perdendo – se então a linha limite do que é individual e do que é coletivo. (p.9 )
No que diz respeito às crianças, por serem mais sensíveis e sem criticidade constituída em relação aos ataques da mídia televisiva- objeto de estudo da presente pesquisa- acabam sofrendo de forma direta o impacto causado pelo excesso de propagandas destinadas a elas. Essa publicidade busca a persuasão desse público alvo por intermédio de apelos relacionados aos cinco sentidos, de modo a provocar a necessidade de obtenção de determinado bem de consumo. Cores, gingles, desenhos são alguns dos artifícios que legitimam a efetivação desse convencimento que, mais do que convencer á uma compra, convence quanto a um modo de vida.
Novamente segundo Bauman, nenhuma sociedade que não questiona pode esperar respostas e mudanças para os problemas que as afligem, considerando então primordialmente importante a dialética dos problemas para que se busque o esclarecimento deles (p.27)
Para Foucault “O poder não é fechado, ele estabelece relações múltiplas de poder, caracterizando e constituindo o corpo social e, para que não desmorone, necessita de uma produção, uma acumulação, uma circulação e um funcionamento de um discurso sólido e convincente.” (p.180)
Foi essa reflexão que nos motivou à pesquisa quanto à construção do comportamento infantil a partir da influência da publicidade televisiva, entendendo a necessidade de