Apostila OAR
ORGANIZAÇÃO DE ATIVIDADES RECREATIVAS
Prof.ª: Priscila e Prof. Ivan
O LAZER AO LONGO DA HISTÓRIA
A palavra lazer está associada a ideia de desenvolvimento pessoal no tempo livre, ou seja, a conquista de liberdade. Hoje, ela faz parte do cotidiano das pessoas, mas nem sempre foi assim.
Antigamente o lazer ocupava um espaço marginal nas universidades, não tinha grande importância e não existia produção científica a seu respeito. Também não era visto como potencial de negócio, uma vez que atividades de lazer não geravam lucros financeiros, diferente de hoje.
Ao longo da história as pessoas sempre buscaram formas de diversão, mas essa busca não era o lazer propriamente dito.
Na Grécia, por exemplo, a época do florescimento cultural se destacou pela valorização da contemplação e o cultivo de valores nobres como a verdade, a bondade e a beleza. Porém, o trabalho cotidiano atrapalhava a plena vivência desses valores. O tempo livre era momento de extrema importância, pois era encarado como tempo de conhecimento, oportunidade de crescimento espiritual, o tempo para busca dos significados e razão das coisas. Era o tempo do ócio (significado Escolé=Estudo). Sendo assim, quem fazia as tarefas necessárias do cotidiano? Os escravos. Nesse período, a elite se ocupava do desenvolvimento espiritual e os escravos executavam o “trabalho sujo” (trabalhavam pela sobrevivência).
As atividades que caracterizavam o trabalho eram aquelas que “faziam suar”, o trabalho físico, e as que caracterizavam o ócio eram as atividades não-físicas, as intelectuais, como estudo, poesia, filosofia e política. A ociosidade não era complemento, nem compensação, era substituta do trabalho e este último representava algo negativo para os gregos.
O trabalho escravo na Grécia caracterizava um período de rejeição à tecnologia e desnecessário o uso de máquinas. Esse foi um período de desenvolvimento intelectual para a elite dominante que vivia do trabalho alheio. Porém, essa época não