Apostila de Manejo e Exploração Florestal
CURSO TÉCNICO EM FLORESTAS
MANEJO E EXPLORAÇÃO FLORESTAL DE FLORESTAS NATURAIS
Professor: Anderson José Lima e Sousa
Eng° Florestal – Ufra
Marituba - PA
2011
1. APRESENTAÇÃO
O plano de manejo pode ser organizado em três etapas. Na primeira, faz-se o zoneamento ou divisão da propriedade florestal em áreas exploráveis; áreas de preservação permanente e áreas inacessíveis à exploração. A segunda etapa consiste no planejamento das estradas secundárias que conectam a área de exploração às estradas primárias. Na terceira etapa, divide-se a área alocada para exploração em blocos ou talhões de exploração anual.
2. COLETA DE INFORMAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO
O plano de manejo florestal deve conter informações sobre a área e características da floresta (fauna, flora, topografia, solo); técnicas de exploração, regeneração e crescimento das espécies comerciais; medidas de proteção das espécies não comerciais, nascentes e cursos d’água; cronograma da exploração anual e uma projeção dos custos e benefícios do empreendimento.
As informações são obtidas através de levantamentos de campo (inventários) e consultas a mapas e literatura disponível (bibliotecas da Embrapa, Inpa, IBGE, Sudam, Museu Goeldi). Os mapas da propriedade podem conter a localização das estradas e pontes. Os dados sobre os tipos de floresta e solos podem ser obtidos nos mapas do Projeto Radam. O Ministério do Exército dispõe de mapas topográficos de grande parte da Amazônia.
Levantamento de campo
A vegetação e as condições gerais da floresta são caracterizadas através dos seguintes inventários:
Inventário amostral único. É um levantamento realizado antes da exploração em uma pequena fração (menos de 1%) da área a ser manejada. O objetivo é avaliar de forma rápida o potencial madeireiro, bem como as características da topografia e hidrografia da propriedade. As informações obtidas são usadas, por exemplo, para