Análise

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A vice-presidente da Associação das Mulheres Vítimas de Escalpelamento do Amapá, Maria Trindade Gomes, relatou o sofrimento das vítimas de escalpelamento. A grande maioria são mulheres e crianças que têm o couro cabeludo arrancado e os membros decepados. Também há vítimas entre os homens que têm seus órgãos genitais arrancados. Muitas vítimas são abandonadas pela família e sofrem preconceito durante toda a vida. Não conseguem emprego ou parceiro e falta atendimento às suas necessidades de saúde. O tratamento dura vários anos e as cirurgias reparadores podem chegar a centenas. O INSS não reconhece a tragédia como acidente de trabalho e não lhes dá assistência ou aposentadoria.
“Quero ser tratada como qualquer outra mulher. Quero ter meus direitos respeitados. Não quero mais preconceito”, discursou Trindade no Salão Verde da Câmara, local onde normalmente só parlamentares transitam. No Amapá, moram cerca de 1,4 mil vítimas de escalpelamento.
Teia - A mobilização da Associação das Mulheres Vítimas de Escalpelamento do Amapá incluiu suas reivindicações no documento final da II Conferência Nacional das Mulheres, promovida pelo Governo Federal. Entre elas, a aprovação do projeto da deputada federal Janete Capiberibe e o acesso às políticas públicas de saúde.
A União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas - UNEMFA, com sede em Brasília, aliou-se às vítimas de escalpelamento. A presidente da UNEMFA, Ivone Luzardo, levou-as a audiência com o vice-presidente José Alencar, que comprometeu-se de tornar o problema conhecido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros. Também apresentaram documento ao almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha, pedindo providências para a fiscalização e o tratamento digno das vítimas.
“Agora este problema é conhecido nacionalmente e criamos uma rede de proteção e reivindicação para que estas vítimas sejam atendidas e tenham seus direitos respeitados”, comemorou a deputada Janete

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