análise literária do poema Este inferno de amar

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA
DISCIPLINA: LITERATURA PORTUGUESA
DOCENTE: PAULO VALENTE
DISCENTES: ALANA LARISSA SOARES RAMOS AMANDA CRYSTINA DA SILVA ARAUJO MARIA CHALENNE

ENSAIO Este inferno de amar (Almeida Garret)

Este inferno de amar – como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida – e que a vida destrói.
Como é que se veio atear,
Quando – ai se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez… foi um sonho.
Em que a paz tão serena a dormi!
Oh! Que doce era aquele olhar…
Quem me veio, ai de mim! Despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei… Dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? Eu que fiz? Não o sei;
Mas nessa hora a viver comecei…
Por instinto se revela,
Eu no teu seio divino
Vim cumprir o meu destino...
Vim, que em ti só sei viver,
Só por ti posso morrer.

O romantismo no século XVIII surgiu de uma forma inovadora na produção de poemas escritos nesta época. Esta nova estética literária mudou consideravelmente a forma de escrita, pois a partir dai, o poeta está livre para escrever a seu critério. Foram os anos de 1838 e 1865, os anos de maior vigor da produção literária romântica em Portugal.
Na primeira geração os autores começaram suas produções presos a certos princípios clássicos, mas que foram de suma importância para consolidar o novo estilo. Na segunda geração, porém, deram um salto alto e elevaram a estética romântica, distanciando-se um pouco mais das tradições clássicas. É nesse contexto de transição literária que surge o autor Almeida Garret, o qual está inserido na primeira geração romântica. Uma de suas obras bastante conhecidas, é o poema Este inferno de amar, que será analisado aqui.
Sobre Almeida Garret, é difícil dizer qual é a sua