Análise dos textos: Fábula das Abelhas e Um Conto de Natal.
A fábula das abelhas, Bernard Mandeville.
A Fábula das Abelhas, de Bernard Mandeville, conta de forma irônica, como os vícios de cada abelha em particular eram vitais para a pujança econômica da colmeia como um todo. No entanto, pregando como ideal as virtudes e condenando os vícios, as abelhas acabaram tendo seu pedido atendido, e seu deus colocou um fim nos vícios. Todos eram virtuosos agora. Mas não foi preciso muito tempo para que falta de mão-de-obra começasse a surgir em larga escala, e a economia da colmeia ficasse totalmente estagnada.
O texto causou uma reação tamanha que vários pensadores importantes comentaram a obra e ainda o fazem. O outro título usado pelo autor foi Vícios Privados, Benefícios Públicos, o que já dá uma ideia melhor do seu conteúdo central. Mandeville defendia que aquilo entendido como vício pelos homens – como a ganância, inveja, vaidade e orgulho – era fundamental para a prosperidade da nação. O desejo humano na busca do auto interesse teria como consequência não intencional um caráter estabilizador para a sociedade. O “bem comum” não seria um produto da retidão das pessoas, de suas virtudes, mas sim dos seus vícios individuais. Mandeville tentou explicar a origem da moral como uma domesticação da mente selvagem. O comportamento dito moral teria surgido das reações de criaturas egoístas às opiniões de outros porque essas opiniões têm consequências tangíveis importantes ao seu próprio bem-estar. Para Mandeville, uma das maiores razões de porquê tão poucas pessoas se compreendem é porque os escritores estão sempre ensinando como os homens deveriam ser, enquanto poucos se dão ao trabalho de mostrar como eles realmente são.
Um conto de natal, Charles Dickens.
Um conto de natal de Charles Dickens retrata a história de Scrooge, um velho rico e avarento que não demonstra afeto por nada e ninguém no mundo. Sua vida pessoal é marca por uma série de fracassos afetivos e amorosos, porém sua vida profissional é