Análise comparativa da natureza humana em Hobbes, Rousseau e Maquiavel

2345 palavras 10 páginas
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
O jusnaturalismo e a moderna teoria do Estado
A natureza humana e os fundamentos da ordem política

Disciplina: Ciência Política
Curso: Relações Internacionais

A natureza humana e os fundamentos da ordem política em Maquiavel,
Hobbes e Rousseau

A natureza humana retratada por Hobbes e Rousseau contrastam-se de maneira veemente. Para Hobbes (séc.XVII), o homem na situação pré-cívica da sociedade humana era naturalmente beligerante, violento, e egoísta. Por não haver um poder soberano que regularize o uso da força, todos são igualmente propensos à violência, usando-a para sua autopreservação e sobrevivência, não importando a que custo (homem é o lobo do homem). O homem, portanto, não é mais que um animal. Para Hobbes, o estado de natureza é o império das paixões, em que o homem, não conseguindo dominar a si mesmo, sucumbiria em pouco tempo, se não conseguisse superá-lo. É um cenário de caos e miséria.
“Na natureza do homem encontramos três causas principais de discórdia. Primeiro, a competição; segundo, a desconfiança; e terceiro, a glória.” (HOBBES, Leviatã, p.108)
Na busca pela satisfação de suas necessidades, o homem pode acabar infligindo certos males a outros, sendo que o pior destes seria a morte. Essa é consequência natural do estado de natureza (modus vivendi) pregado por Hobbes.
“O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam jus naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim.” (HOBBES, Leviatã, p. 113)
Quando todos são iguais e livres, surgem os conflitos e disputas, visto que a lei do mais forte faz-se vigente. Nessa guerra de todos contra todos (bellum omnium contra omnes), não há justiça, já que

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