antropologia

Resumo
Castro, Josué, 1908-1973. C351g Geografia da fome : o dilema brasileiro : pão ou aço.
Área do nordeste açucareiro, pg 105-135
Josué de Castro. — Rio de Janeiro : Edições Antares, 1984.
(Clássicos das Ciências Sociais no Brasil)

Ana Beatriz H. Lima
Jalbert Carvalho
Jéssica Karolina
Kaisy A. Coutinho
Kassia Rodrigues
Laís Flores
Luíz Eduardo Borges
Natália Alves

Brasília – 05 de Maio de 2014
Área do Nordeste Açucareiro
Poucas regiões do mundo se prestam tão bem para ensaio de natureza ecológica como a do Nordeste açucareiro. Quando se estudam as condições de alimentação dessa área, o que logo surpreende o investigador é o contraste marcante entre as aparentes possibilidades geográficas e a extrema exigüidade dos recursos alimentares da região no Nordeste o fenômeno é chocante porque não se pode explicá-lo à base de razões naturais. O clima tropical, sem o excesso de água da região amazônica, com um regime de chuvas, de estações bem definidas, também contribui favoravelmente para o cultivo fácil e seguro de cereais, frutas, verduras e leguminosas de uma grande variedade.Trazendo a cana-de-açúcar para as terras do Brasil, já o português, conhecia bem essa planta, com as suas exigências específicas, desde que havia utilizado as ilhas atlânticas da Madeira e do Cabo Verde como verdadeiras estações experimentais, conhecia também os segredos do comércio açucareiro, que se apresentava, no momento, o mais promissor do mundo. Guerra y Sanchez, em estudo sobre a influência do açúcar no povoamento do mar das Caraíbas, põe em destaque, logo no começo do seu trabalho, o caso de Barbados, com suas 160 milhas quadradas de extensão e seus 195.000 habitantes, como uma espécie de laboratório experimental de sociologia onde a introdução da cana provocou uma série de intempestivas reações econômicas e sociais facilmente identificáveis pelo investigador, Gilberto Freyre quando estudou o Nordeste açucareiro, invocou também o paralelo