Analise temática

Frege (1848-1925) fora um dos maiores pesquisadores que contribuíram para o desenvolvimento da lógica do final do século IX e do inicio do século XX, seu trabalho central foi concentrado no chamado ‘’projeto logicista’’ onde o autor almejava sustentar a aritmética por meio de axiomas lógicos, livrando-a de toda e qualquer intuição, desse modo, elevando-a ao status epistemológico de analítica a priori, ou seja, a matemática se institui por meio de enunciados linguísticos que independem da experiência; além disso, Frege se debruça ante a tarefa de retirar o estigma carregado pela matemática de resumir-se apenas a um instrumento utilizado pelas ciências, constituindo-a desse modo enquanto efetivo conhecimento cientifico, uma ciência própria e independente de outros saberes para o sê-lo.
Desde a antiguidade observamos prenúncios de uma preocupação filosófica para com a linguagem; em Crátilo de Platão, nos é apresentado à temática da justeza dos nomes, e a concepção do autor, onde a nominação dos objetos é estabelecida pela natureza dos mesmos. Em Aristóteles, encontramos a estrutura silogística de sua seu projeto de lógica, construída sobre as bases das chamadas premissas de onde necessariamente se decorre uma dada conclusão; contudo, não era do interesse de Platão (pelo menos não fundamentalmente) nem mesmo o de Aristóteles, constituir uma filosofia da linguagem, pois mesmo que estes tenham fornecido os arcabouços donde emergiu a teoria filosófico-linguística, não era do escopo de ambos instituir um conhecimento dessa natureza.
As proposições aristotélicas ou também chamadas de juízos pressupõem uma filosofia da linguagem, o ato de se ajuizar consiste na articulação de um nome a outro, ou seja, trata-se de dizer algo acerca de outro algo. A filosofia da linguagem fara de sua alçada, temas como essa pressuposição aristotélica partindo de uma teoria semântica de significabilidade.
Encontramos no projeto logicista do matemático Frege, especificamente em sua obra