Analise Fenomenologica e existencial do livro 'O Alienista'
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
ANÁLISE EXISTENCIALISTA DO LIVRO “O ALIENISTA”
DE MACHADO DE ASSIS
ANNA BEATRYZ FÉLIX
João Pessoa - PB
Março / 2014
INTRODUÇÃO
Tendo como referência a obra do escritor Joaquim Maria Machado de Assis, O alienista (1882), o objetivo deste trabalho é compreender, tendo como base o texto literário, aspectos fenomenológicos e existenciais presentes na obra.
Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 1839, mulato, gago e de família muito pobre, superou todas as dificuldades e tornou-se um dos mais importantes autores da literatura brasileira. A sua obra é sem duvida uma critica a sociedade da época, burguesa e ainda escravocrata, com uma escrita que não se prendia aos as normas literárias dominantes, sem duvidas uma antecipação dos procedimentos modernistas e das descobertas psicanalíticas.
Em O alienista, o autor usa do humor para fazer severas criticas a sociedade da época, traçando um diálogo direto com o leitor, provocando-o, instigando-o a refletir. O livro mostra o poder do paradigma cientificista, tão presente longo do século XIX, orientando a busca do conhecimento científico, pelos métodos e pelos esquemas de análise das ciências da natureza, enfatizando o fato, a experiência e aquilo que pode ser medido. O texto, usando do pessimismo sempre tão presente nas obras Machadianas, foca-se bastante nessa linha tênue da normalidade e da loucura e também na questão do exercício do poder, e do que importa para conquistar respeito e soberania. A história se passa no século XIX, e conta a história da “Casa Verde”, uma casa para insanos, alienados, - nas palavras do autor - fundada na vila de Itaguaí pelo Dr. Simão Bacamarte, “filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas”. (MACHADO DE ASSIS, 1882) Tendo estudado em Coimbra e Pádua e voltado para o Brasil por desejo seu, Simão era o