Analise Abaporu-Tarsila do Amaral

Abaporu, 1928 – Tarsila do Amaral

Alguns elementos analisados da pintura acima:
Linha: a pintura tem linhas fortes e sinuosas de altos e baixos com formas arredondadas e grandes.
Cor: as matizes amarela, azul e verde são vivas e vibrantes. A primeira indica calor, o azul traduz uma certa tranquilidade na pintura e o verde corresponde a natureza. Essas cores coloca o gigante em um lugar vivo, na natureza simples, em um tempo seco-arido.
Tom: nos contornos tanto do gigante como no cacto há tons mais escuros, entende-se que é devido à exposição excessiva ao sol.
Escala: formas contraponto uma com a outra do pé e mão enormes com a cabeça e o outro braço muito pequenos.
Esses elementos vão concretizando a imagem de um gigante com pernas e braços exageradamente grandes e cabeça pequena em um lugar tipicamente brasileiro. Foi priorizado a perna, o pé, mão e braço, dando a entender que se trata de um trabalhador, um trabalhador comum, surrado pelo sol, como a maioria dos trabalhadores brasileiros onde a sua habilidade provem não do intelecto (cabeça pequena, cérebro pequeno), mas da capacidade dos seus braços e pernas, força motriz. O nosso pensador de Rodin.
É uma crítica que, mesmo dando ênfase aos membros superiores e inferiores, o trabalhador brasileiro não pensa, trabalha, é também um reconhecimento da importância que ele tem para o país. Essa força motriz faz um país caminhar rumo ao progresso, tanto em produção como na consumação de bens e serviços, mas que muitas é vezes desprezada, colocada de lado.
A cabeça pequena refere-se à parte pensante no Brasil, parte essa minoritária que auto-entende ser superior e indispensável para o avanço econômico, criando assim uma discriminação ao trabalhador comum relacionado acima. Na verdade um completa o outro, os dois indispensáveis para o crescimento de um país.