ANÁLISE DO POEMA “ODE AO BURGUÊS” DE MARIO DE ANDRADE

500 palavras 2 páginas
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS CAMPO MOURÃO
LITERATURA BRASILEIRA II – 3º ANO DE LETRAS

ANÁLISE DO POEMA “ODE AO BURGUÊS” DE MARIO DE ANDRADE

O poema Ode ao burguês, de Mario de Andrade, foi lido durante a Semana de Arte Moderna de 1922 e apresenta um conjunto de características tipicamente modernistas. Do ponto de vista formal, os versos livres, as estrofes heterogêneas e uma linguagem coloquial, marcada pela irreverência, agressividade e um humor demolidor das convenções burguesas, exemplificam o caráter de antiode e ironia que a mesma possui. Pois a ode é uma palavra que em grego significa “canto”, poema lírico em geral que exalta alguém ou algo, caracterizando-se por um tom alegre e entusiástico.
A ode faz a caricatura do burguês com imagens e cortes que quebram a linearidade do texto, aproximando-o da linguagem cinematográfica.
A esses elementos da estrutura formal, acrescenta-se um conteúdo crítico no qual o traço fundamental é a postura radicalmente contrária à burguesia, classe social que ascendeu ao poder a partir da Revolução Francesa, no final do século XVIII.
A maneira irônica, agressiva e irreverente de questionar a classe burguesa, ridicularizando-a, está ligada a um momento histórico- cultural mais importante do século XX, dando origem as expressões artísticas, diferente das tradicionais, que é conhecida como Arte Moderna.
Nessa poesia o alvo da crítica é voltado não para os burgueses rurais, mas para os burgueses urbanos e ricos que possuíam ganância de dinheiro e pouca fé. Essas críticas já eram feitas no romantismo, mas foi só no modernismo que elas atingiram o ápice.
O poema de Mario de Andrade apresenta uma postura revolucionária que emergia com o modernismo e buscava o rompimento dos velhos padrões literários que vigorava na sociedade, os homens buscavam o isolamento e o individualismo era exacerbado.
O luxo e a riqueza eram só para a burguesia, pois o cenário da maioria da população, assim também como do próprio

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