Ambiente

Ciência e Controvérsias Públicas

As grandes obras públicas como foi o caso da construção da ponte Vasco da Gama, são sujeitas a um estudo de impacto ambiental, onde se tenta minimizar potenciais impactes negativos no ambiente e na vida das populações mais próximas do local da construção. A ponte Vasco da Gama localizada no Estuário do Tejo atravessa 400 hectares das Salinas do Samouco, que constituem uma importante área de nidificação para algumas espécies protegidas tais corno a perna-longa (himantopus himantopus), a andorinha-do-mar anã (sterna aíbifrons) e o borrelho de Coleira lnterrormpida (charadrius alexandrinus).
No projecto da nova travessia foi sempre atribuída grande relevância às questões ambientais, dado que a ponte Vasco da Gama se situa numa zona de importância ecológica, que é o estuário do Tejo desde logo foi assumido que a obra se localizaria aproximadamente a 4 km do limite sul da reserva natural do estuário do Tejo (RNET), para não perturbar directamente esta zona. O estado Português ainda como forma de compensação pela dimensão da obra, ampliou a zona de protecção especial do estuário do Tejo em 12.000ha, fazendo assim com que toda a fauna marinha, e aves ficassem dentro de uma área protegida por lei (decreto de lei 280/94 de 5 de Novembro).
A lusoponte concessionária da ponte Vasco da gama para minimizar o impacto no ambiente e nas populações vizinhas, tomou algumas medidas nesse sentido.
Implementou um programa de recuperação das salinas que incluiu a reparação de 43 comportas, de diversos edifícios, de diques e a limpeza geral das salinas, caminhos, valas e a construção nas salinas do Samouco de três tanques de decantação. Também instalou cerca de 5000m2 de barreiras anti-ruído, minimizando assim a poluição sonora no local e a recolha de óleos provenientes das águas de escorrência da via evitando assim que poluíssem o rio Tejo.
Nos aspectos socio-ecónomicos a lusoponte levou a cabo um programa de expropriações e realojamentos, onde