alvenaria
Revista Téchne | Deixe um comentário | Compartilhe:
Cada vez mais distante do preconceito que a associava apenas às construções populares, a alvenaria estrutural ganha espaço nos canteiros de obras brasileiros.
A volta da classe C ao mercado consumidor de imóveis e o empenho da engenharia nacional estão alavancando um sistema construtivo que parecia fadado aos conjuntos habitacionais populares. A alvenaria estrutural caiu, por fim, no gosto do meio técnico brasileiro, atraído pela redução de custos de até 30% proporcionado pelo sistema. A possibilidade de construir edifícios altos com apartamentos amplos – um edifício na zona leste de São Paulo já alcançou a marca dos 24 pavimentos e outros dois no Morumbi, zona sul, estão sendo construídos com até quatro dormitórios – tem enterrado alguns velhos preconceitos.
Construção em alvenaria estrutural com blocos de concreto
O antigo chavão de que um edifício construído com alvenaria estrutural não pode possuir hall de entrada, salão de festas ou subsolos não se sustenta mais. Na zona oeste de São Paulo, a construtora JHS está construindo um prédio residencial de 18 pavimentos-tipo e cobertura, térreo com 6 m de pé-direito e dois subsolos. A solução para viabilizar a alvenaria estrutural foi simples: executar uma laje de transição de concreto no primeiro pavimento, capaz de absorver as cargas das paredes portantes e distribuí-las por pilares até as fundações. Em resumo: do primeiro andar para baixo, trata-se de uma obra "normal"; a alvenaria estrutural sobe apenas a partir da laje de transição.
Uma das características interessantes do edifício de 11,6 mil m2 de área construída, cuja entrega está prevista para fevereiro de 99, são os esforços de vento absorvidos pelas paredes portantes. "A influência do vento na estrutura é quase igual à da carga vertical, por causa da altura e esbeltez do prédio", explica o calculista responsável pelo projeto, César Pereira Lopes. O índice de esbeltez do