Aline Martins QUEST O AGR RIA

2015

QUESTÃO AGRARIA JOINVILENSE E SUL BRASILEIRA

INTRODUÇÃO:
A questão agraria nacional tem feito parte da história, desde o principio, sendo determinante nos rumos tomados pelo país. No principio o cultivo da cana-de-açúcar tinha grande importância no período de colônia do Brasil, mas o país se modernizou com o passar dos anos, porém, a importância dos produtos que vem do campo continua tendo a sua enorme importância. A ocupação colonial teve como características o regime das sesmarias, a monocultura e o trabalho escravo, características que conjugadas, deram origem ao latifúndio, propriedade rural sobre a qual centrou-se a ocupação do espaço agrário brasileiro.
DESENVOLVIMENTO:
Santa Catarina tem uma estrutura fundiária baseada em pequenas propriedades familiares, mas, no entanto cada região tem as suas especificidades. No território do Planalto Norte, onde se localiza Joinville, os que são considerados pequenos produtores, com menos de 50 hectares, representam 82,7%, e ocupam 28,6% da área total, o que evidencia uma concentração da posse total de terras que tem como influenciadores fatos históricos como a questão do limite de terras entre o Paraná e Santa Catarina, e as dinâmicas sociais e econômicas. Partindo da premissa de que a posse pacifica ou posse de boa-fé foi a sistemática que prevaleceu junto com a concessão de sesmarias em termo nacionais e que não foi exceção nessa região, não há como excluir a ocorrência de disputas e litígios envolvendo a posse da terra. Em alguns dos processos que estão no Arquivo Histórico de Joinville, as propriedades são identificadas como herança de parte de sesmarias familiar, ou então, o terreno era confrontante com sesmaria ocupada.
Apesar das pequenas propriedades familiares serem a maioria no território de Joinville e do planalto norte de Santa Catarina, existe uma concentração de grandes posses de terras, que ganha destaque quando comparada a