Alienação em marx

Universidade Gama Filho
Programa de Pós Graduação em Filosofia

Para uma ética do devir em Marx, através da educação dos cinco sentidos e do combate à alienação do homem

Artigo apresentado ao Programa de Pós-graduação stricto sensu da Universidade Gama Filho, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Mestre em Filosofia. Aluno: Roberto Ponciano Gomes de Souza Júnior Professor orientador: Norman Madaraz

Rio de Janeiro dezembro de 2009 O objetivo deste trabalho é provar a existência de uma ética humanista do devir em Marx, trabalhando o devir como um conceito marxista/hegeliano, o vir a ser, mostrando que a dialética materialista não é simplesmente uma filosofia utilitarista justificativa do poder, mas uma ontologia integral humanista, que dê conta de toda a problemática existencial humana; no sentido de uma cosmogonia que abarca uma teleologia humanista do devir, que visa não a uma simples repartição de bens entre as pessoas, mas sim a uma nova concepção integral de organização sócio-metabólica humana[1], uma continuação filosófica da tentativa do governante-filósofo, iniciada na tradição filosófica por Platão, com A República e continuada com maior ou menor grau de sucesso, por filósofos posteriores, até Hegel, com a sua realização da Razão na história, desembocando em Marx, com a sua plena realização do homem, superação da “pré-história” da humanidade e educação dos cinco sentidos como formação deste novo homem. Como metodologia, vamos pinçar em Marx os momentos puramente filosóficos, nos quais ele fixa a cosmogonia, a ontologia da práxis dialética, para só depois partir para a análise da economia e da sociedade. Comparar com aqueles que querem ver em Marx um economista ou sociólogo puro, como Weber e os críticos burgueses progressistas de Marx, e mostrar, através de filósofos