Alerta terapêutico

ALERTA TERAPÊUTICO

Uso racional de Omeprazol
Tem fundamento a prática de prescrição concomitante e contínua de Omeprazol com outros fármacos com a finalidade de PREVENÇÃO?
Nota-se que é frequente e em grande escala as prescrições de omeprazol concomitante com anti-inflamatórios não-esteriodais (AINES) por curto espaço de tempo (média de 7 a 10 dias) e diversos outros fármacos, alegando-se que o inibidor de bomba de prótons poderá prevenir alguns sintomas dispépticos e até mesmo algumas patologias gástricas.
É questionável tal prática uma vez que a indicação do omeprazol para fins profiláticos só se enquadra nas situações abaixo descritas (1, 5, 6):
 Pacientes que já tiveram erosões gastroduodenais e úlcera gástrica ou duodenal relacionada à AINES, 20mg uma vez ao dia, por 4 semanas ou continuada por no máximo mais 4 semanas se não houver cura.
 Pacientes com problemas gastrintestinais recorrentes ou que requer tratamento com AINES de forma contínua, 20mg uma vez ao dia com duração de tratamento a critério do especialista.
Percebe-se também que o número de prescrição de inibidores de bomba de prótons parte mais de classes médica clínica e cardiológica do que a classe especializada (9).
É preciso um alerta quanto à indicação do omeprazol juntamente com a administração, interação farmacológica, orientações aos pacientes e principalmente efeitos adversos (10).

Deve-se chamar a atenção para a ocorrência de diversos fatos associados ao uso irracional e prolongado de inibidores de bomba de prótons como por exemplo, hiperplasia, câncer gástrico, pneumonia, infecção por Clostridium difficile e outras infecções, interferência na absorção de vitamina B12, cálcio e magnésio, fraturas ósseas entre outras (2, 3, 4, 5, 8,11).
REAIS INDICAÇÕES DOS INIBIDORES DE BOMBA DE PRÓTONS (1, 5, 6,7)
 Doença de refluxo gastroesofâgico sintomático;
 Esofagite erosiva associada com doença de refluxo gastroesofâgico;
 Distúrbios hipersecretores (Síndrome de