AIDS e Homossexualismo

O aparecimento da AIDS entre os homossexuais trouxe à tona, e com grande intensidade, o preconceito e a descriminação, o que complicou ainda mais as relações dos homossexuais perante a sociedade.
Desde o início da epidemia até hoje, já se passaram mais de vinte anos e a AIDS continua sendo um grave problema na vida diária de pessoas que mantém relações sexuais com outras do mesmo sexo. Todas as representações sociais que identificam estes grupos ora como vilões, ora como vítimas, ainda permanecem vivas e presentes, fazendo com que essas pessoas vítimas da AIDS continuem a sofrer com preconceitos e descriminação decorrentes da associação AIDS-homossexualidade. Categoricamente afirmado no início da epidemia, a AIDS foi conhecida como uma “peste gay”.
A homofobia, ainda bastante visível em nosso país, tem sido impeditivo para a acessibilidade deste grupo aos serviços e ao tratamento adequado, diferentemente do que acontece nos EUA e em alguns países da Europa Ocidental, onde há serviços sob a gestão de profissionais de saúde assumidamente homossexuais.

(Campanha de prevenção à AIDS)

O pensar sobre a saúde, principalmente a prevenção da AIDS para os homossexuais no Brasil, dentro da realidade de cada unidade federada, pode realmente se construir em uma possível arma diante da realidade epidêmica regional do país. Esse poder aumenta na medida em que o plano de enfrentamento é construído junto com o publico alvo, que traz a prevenção que muitas vezes foge da percepção do profissional da saúde.
Segundo o Programa Estadual – MS DST/AIDS, uma parceria sólida e construída com um bem comum é o melhor alicerce que o plano de enfrentamento poderia ter, e isto, por si só, já é garantia de um sucesso diante de uma situação epidemiológicamente adversa como a que estamos vendo.
O plano de enfrentamento da epidemia da AIDS em uma população especifica é um desafio para os parceiros que se propõe a discutir o risco deste grupo no contexto da saúde pública.