Aguiar 2009
Clarissa Martins de Lucena Santafé Aguiar (1), Beatriz Maria Fedrizzi (2)
(1)PROPAR/UFRGS, Brasil. E-mail: claguiar@gmail.com
(2) PROPAR/UFRGS, Brasil. E-mail: beatrizfedrizzi@terra.com.br
A alta taxa de impermeabilização do solo nas cidades ocasionada pelo aumento da população, com novas construções e vias de acesso, e conseqüentemente, diminuição das áreas ajardinadas, vem resultando em desequilíbrio ecológico e perda da qualidade ambiental. Os impactos são diretos, como formação de ilhas de calor, aumento da contaminação aérea e emissão de ruídos, sobrecarga do sistema de drenagem urbana devido ao aumento do escoamento superficial da água de chuva, ocasionando grandes enchentes e outros problemas de sanidade básica. Segundo a Declaração de Seul, a previsão é pessimista, em 2030 dois terços da população mundial viverão nas cidades. O presidente da Associação Brasileira de Telhados
Verdes (ATV Brasil) afirma que 75% da emissão de carbono na cidade é gerada pela construção civil, e o mesmo segmento, com a inserção de tetos vegetados, pode a cada 1000 m2 de telhado verde absorver 200 toneladas de gás carbônico.
Dentro da história da arquitetura a utilização da cobertura remonta aos antigos construtores vernaculares que utilizavam o clima como regra básica, estabelecendo uma relação direta com a forma da edificação.
Le Corbusier inclui o verde no projeto arquitetônico e apresenta o terraço jardim, como a melhor medida a ser adotada, justificando que em países de clima quente tendem a sofrer com os problemas gerados pela variação térmica e os efeitos da dilatação nos terraços de concreto. Sugere como proteção ao sol demasiado, o uso de lajotas entremeadas de grama. Conclui que, obtém-se com o uso do terraço- jardim, resultados, não só de eficiência energética, mas também visuais e plásticos. Hoje, a inclusão do verde sobre as superfícies edificadas é uma das estratégias recomendadas por diversos países com o