Agostinho

362 palavras 2 páginas
A liberdade para Santo Agostinho.
Com Agostinho que a vontade se impôs à reflexão filosófica, subvertendo a antropologia dos gregos e superando definitivamente o antigo intelectualismo moral, seus pressupostos e seus corolários. A atormentada vida interior de santo Agostinho e sua formação espiritual, realizada inteiramente na cultura latina, que dava à voluntas um relevo desconhecido para os gregos, permitiram-lhe entender a mensagem bíblica precisamente em sentido "voluntarista", fora dos esquemas intelectualistas do mundo grego.
De resto, Agostinho foi o primeiro escritor a nos apresentar os conflitos da vontade em termos precisos, como já destacamos: "Era eu que queria e eu que não queria: era exatamente eu que nem queria plenamente, nem rejeitava plenamente. Por isso, lutava comigo mesmo dilacerava-me a mim mesmo".
A liberdade é própria da vontade e não da razão, no sentido em que a entendiam os gregos. E assim se resolve o antigo paradoxo socrático de que é impossível conhecer o bem e fazer o mal. A razão pode conhecer o bem e a vontade pode rejeita-lo, porque, embora pertencendo ao espírito humano, a vontade é uma faculdade diferente da ratio tendo urna autonomia própria em relação a razão, embora seja a ela ligada. A razão conhece e a vontade escolhe, podendo escolher até o irracional, ou seja, aquilo que não esta em conformidade com a reta razão. E desse modo se explica a possibilidade da aversio a Deo e da covuersio ad creaturam. O pecado original foi um pecado de soberba, sendo o primeiro desvio da vontade.
O arbítrio da vontade é verdadeiramente livre, em sentido pleno, quando não faz o mal. Esta é, precisamente, a sua condição natural: assim ele foi dado ao homem originalmente. Mas, depois do pecado original, a verdade se corrompeu e se enfraqueceu, tornando-se necessitada da graça divina.Consequentemente, o homem não pode ser "autarquico" em sua vida moral ele necessita de tal ajuda divina. Portanto, quando o homem procura viver retamente

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