Adolescência

A indústria do entretenimento sempre foi um sustentáculo de ótima aceitação para a propagação de idéias, propagandas e apelos nacionais, ou melhor, de apelos norte americanos, que no pós-guerra exerceram forte, ou quase total influência no cinema e revistas em quadrinhos no mundo. Com o surgimento dos Comics, ou seja, comédias, tiras de jornais onde traziam histórias engraçadas no inicio do século passado, houve uma evolução para as aventuras de super heróis nacionais, onde Superman e Batman foram os percursores mais famosos. A importância destes HQs, como ficaram conhecidos no Brasil, foi tamanha, que os Heróis começaram a desempenhar missões militares pelo país, e quando os EUA entraram na II Guerra Mundial, Superman e Cia foram convocados para o front enfrentar Hitler e seus sequazes. Coincidência ou não, Superman nada mais é do que o übermensch descrito por Nietzsche, o conceito de homem perfeito que Hitler iria exaltar em seus discursos nazistas de raça pura.

Seguindo está linha, temos O Capitão América, que encarna o exemplo de soldado americano durante este conflito, onde sua única arma é um escudo, ou seja, os EUA é sempre bom, nunca atacam, mas estão sempre prontos para defender a sua democracia. Seguindo o exemplo do Homem de Aço, Capitão América é alto, forte, de olhos azuis e cabelos loiros, enquanto seu maior rival é o nazista Caveira Vermelha. No entanto, na aparência, o Capitão América era muito mais parecido com o ideal de "raça pura" dos nazista que seu inimigo, ou seja, o padrão de beleza nórdica que Hitler tanto admirava.

DIGLADIAÇÕES NA GUERRA FRIA

Se durante a II Guerra Mundial a tônica do enredo era dar “porrada” na turma do Hitler, bem como exaltar a valentia dos soldados americanos e a defesa da Democracia, durante a Guerra Fria não foi diferente. O universo das relações internacionais estão impregnadas nas páginas das HQs desta fase. Foi durante a Guerra Fria que uma nova onda de super-heróis surgiu nos