Adm com Comércio Exterior

18/05/2011

Plano Cruzado: troca de moeda e congelamento de preços à principal problema: indexação de preços e salários / governo precisava desindexar

- Reforma monetária: moeda mudou de nome e perdeu 3 zeros (1.000 cruzeiros = 1 cruzado)
- Congelamento dos preços vigentes em 27/02/86. Proibição de reajustes: tabela SUNAB e fiscalização
- Taxa de câmbio foi congelada. Contas externas eram confortáveis.
- A base do índice de inflação (IPCA) foi deslocada para 28/02/86 e o índice passou a ser denominado IPC
- Tarifas públicas também foram congeladas (exceto tarifa de energia elétrica)
- Tarifas públicas e preços administrados encontravam-se defasados quando congelados
- Objetivo: choque neutro e redução da “memória inflacionária”

Plano cruzado: desindexação de contratos
- Correção monetária foi proibida em contratos em aplicações com prazo inferior a 12 meses (exceção: caderneta de poupança)
- Títulos públicos (ORTN) com correção monetária mensal passou a ter correção anual
- Regras para reajuste dos aluguéis buscavam reproduzir o valor real médio dos períodos anteriores
- Salários foram convertidos, para cruzado, com base no valor médio dos 6 meses anteriores expressos em preço de Fev/86. Foi concedido abono de 8% (ou 16%, para o salário mínimo)
- Regra de correção dos salários: - Dissídios anuais (reajuste de apenas 60% da inflação acumulada) - Gatilho após inflação acumular 20%

Plano cruzado: política econômica
- Política monetária foi acomodatícia durante o Plano Cruzado: com a queda da inflação houve um forte aumento da demanda por moeda, o Banco Central elevou a oferta para satisfazer a demanda
- Política fiscal buscava eliminar o déficit público operacional (conceito que exclui a correção monetária e cambial da dívida)
- Congelamento da taxa de câmbio nominal implicou na gradual perda de competitividade da balança comercial ao longo do ano de 1986

Plano Cruzado: resultados
- Congelamento de preço foi percebido como um dever