Adições Para Betão

Adições Minerais para Betão

O uso de adições minerais no betão é anterior à invenção do cimento. Começaram a utilizar-se adições minerais no período de 1500 a.C. na Grécia. As adições eram de origem vulcânica de erupções ocorridas na ilha de Santorini. No império Romano generalizou-se o uso de cinzas provenientes do monte Vesúvio. Mais tarde utilizou-se argila calcinada, onde não existiam cinzas disponíveis. Actualmente, as adições minerais mais utilizadas são resíduos de outras indústrias.

A utilização de resíduos de outras indústrias no betão, substituindo parcialmente o clinquer ou o cimento contribui para a redução do impacto ambiental de descartar esses resíduos em locais impróprios. A sua utilização contribui também para reduzir o volume de extracção de matériasprimas da Indústria da construção, responsável pela utilização de 20% a 50% do total de recursos naturais consumidos pela sociedade.
A incorporação de resíduos minerais pode ainda reduzir o consumo de energia pois permite diminuir a quantidade de matérias-primas que são calcinadas.
Além disso a incorporação de adições minerais em substituição do cimento permite reduzir a produção de CO2 no processo de fabrico do cimento. (Por cada tonelada de cimento é libertado para o ambiente cerca de uma tonelada de CO2.)
A incorporação de adições minerais resulta na produção de materiais cimentícios com melhores características técnicas, já que modificam a estrutura interna da pasta: promovem a redução da porosidade capilar do betão (reduzem o ingresso de agentes agressivos no betão) e diminuem o calor de hidratação (reduzem a fissuração de origem térmica).
Inúmeros estudos mostram que a incorporação de adições minerais permitem aumentar significativamente a durabilidade do betão.

Classificação das Adições Minerais
De acordo com a sua acção físico-química podem ser classificadas em três grandes grupos:
a) material pozolânico;
b) material cimentício;
c) fíler.
O material pozolânico