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A parte do texto escolhida fala sobre a abolição do sistema escravista em razão da implantação do trabalho livre e que esse não foi principalmente por causas humanitárias e sim por razões mais econômicas, valores sociais e idéias políticos da raça dominante. Isso criou uma situação complicada para o negro, que ainda não tinha preparação para o novo regime de trabalho e vida, causando conseqüências na oportunidade de ascensão através do trabalho à uma situação financeira que não fosse decadente, normalmente sendo condicionados ao mesmo ritmo e forma do trabalho anterior.
Com a expansão urbana de São Paulo depois do surto da lavoura cafeeira, a capital teve um crescente aumento de Brancos, estrangeiros e também de negros, mas com maior proporção pro lado dos Brancos e estrangeiros, chegando em um tempo a haver mais imigrantes do que brancos ditos nacionais, as conseqüências do aumento dos estrangeiros para os negros é na relação da oportunidade ao trabalho, onde o estrangeiro já estaria acostumado a aquele estilo de vida individualista e competitivo onde o negro ainda estava em adaptação. O fator humano preponderante passou a ser o agente por excelência do trabalho livre, no caso o imigrante. O negro se concentrava bem menos na capital e mais no Estado de São Paulo, relacionado com o trabalho no campo, localização que no texto é citada como estratégia de desvantagem do negro em relação ao território que os faria a conservar a luta pela sobrevivência em condições tradicionais. Enquanto os Brancos e os estrangeiros disputavam no mercado de trabalho de uma forma mais igualitária os Negros tinham que disputar as oportunidades com os componentes marginais do sistema, com aqueles que ‘’não serviam para outra coisa’’ ou os que estavam começando ‘’bem por baixo’’.
O estrangeiro aparecia como a grande esperança nacional de progresso, ele estava mais freqüentemente associado a trabalhos relacionado a o progresso econômico, como engenheiros, arquitetos, agrimensores, e