Aborto provocado

8714 palavras 35 páginas
REVISÃO DE LITERATURA

2.1 - ASPECTOS GERAIS A prática do aborto é tão antiga quanto o homem; as mulheres nunca deixaram de realizá-lo, apesar das sanções, controles, legislações e intimidações surgidos através da história da humanidade.
O aborto foi uma prática corrente nos povos mais antigos até princípios do cristianismo. Na antiga Grécia, o aborto era preconizado por Aristóteles como método eficaz para limitar os nascimentos e manter estáveis as populações das cidades gregas. Por sua vez, Platão opinava que o aborto deveria ser obrigatório, por motivos eugênicos, para as mulheres com mais de 40 anos e para preservar a pureza da raça dos guerreiros. Sócrates aconselhava às parteiras, por sinal profissão de sua mãe, que facilitassem o aborto às mulheres que assim o desejassem.
“A interrupção da gravidez era ensinada pelas mulheres gregas e romanas junto às medidas anticoncepcionais; ambos os métodos se baseavam principalmente em receitas que incluíam plantas medicinais e outras técnicas.” (PRADO, 1995, P.36).

Hipócrates, que viveu 400 anos antes de Cristo, apesar de seu juramento no qual promete “não dar à mulher grávida nenhum medicamento que possa fazê-la abortar”, não hesitava em aconselhar as parteiras, métodos tanto anticoncepcionais como abortivos. É preciso lembrar que a gravidez de uma mulher significava muitas vezes uma ameaça a direitos adquiridos por algum membro da família sobre heranças, e este poderia ter interesse num aborto. Essa aparente contradição em Hipócrates em suas recomendações aos médicos deve ser vista como o da proteção aos direitos de um cidadão e não somente em relação ao aborto voluntário.
Mesmo nas sociedades em que o aborto não era tolerado, na antiguidade, não se via aí como o direito do feto, mas como garantia de "propriedade do pai" sobre um potencial herdeiro.
Esparta, em posição demográfica inversa aos gregos, proibia o aborto juridicamente, pois sua principal preocupação era atingir o maior número de atletas e

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