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Capítulo 5
O Nascimento da Medicina Social
Segundo Foucalt (1982), “o capitalismo não se deu a passagem de uma mediana coletiva para uma medicina privada, mas justamente ao contrário que o capitalismo, desenvolveu-se em fins do século XVIII e início XIX, socializou um primeiro objeto que for o corpo enquanto força de produção, força de trabalho” (p.80). Entretanto, não foi como princípio de força de produção que o corpo foi atingido pelo médico, mas como meio de controle da salubridade da população. Podem-se definir três etapas na formação da Medicina Social, a saber, a medicina de Estado, medicina urbana e, finalmente, medicina de força de trabalho. I- A medicina de Estado desenvolveu-se na Alemanha no começo do século XVIII. Consistia em um conhecimento que tinha por objetivo Estado, ou seja, o funcionamento geral de seu aparelho político. Isso ocorreu devido ao fato da Alemanha só ter se tornado um Estado unitário durante o séc. XIX e justamente quando as formas de Estado se iniciaram, desenvolveram-se esses conhecimentos estatais e a preocupação com o funcionamento do próprio Estado. Além disso, o não-desenvolvimento econômico ou a estagnação do desenvolvimento econômico da Alemanha, no século XVII, depois da guerra dos 30 anos e dos grandes tratados entre França e a Áustria corroboraram para o desenvolvimento da ciência do Estado. A prática médica realizada na Alemanha centra-se na melhoria do nível de saúde da população. Essa política consistiu na observação da morbidade através da contabilidade de nascimento e morte nos hospitais de diferentes cidades e regiões. Além de observar os diferentes fenômenos de epidemias e endemias. Ademais, os ensinos médicos nas Universidades passaram a ser normatizados pelo Estado. A prática médica esteve, portanto, subordinada ao poder administrativo superior e foram