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A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS - PARTE II

2.4 – o naturalismo e as ciências humanas: psicologismos e sociologias positivas

A revolução industrial e burguesa trouxe problemas inéditos e profundas mudanças nas sociedades ocidentais, principalmente nos planos social, político e econômico. Antigas relações sociais calcadas numa ordem há séculos estabelecida eram subvertidas e profundamente transformadas Tais convulsões causaram apreensões em muitos personagens da política e das ciências. As inseguranças subjetivas desencadeadas pelas incertezas morais e fricções sociais do mundo urbano inquietaram alguns, que queriam conter seus prováveis efeitos. Incomodaram também a outros que dela tiravam proveito e que gostariam de propiciar que uma nova ordem se estabelecesse sem conflitos. Na Europa uma voga de pensamento naturalista percorreu quase todo o século XIX: o naturalismo. Seus defensores afirmavam: ou as criações e os produtos da atividade humana se reduzem às determinações materiais ou técnicas, ou não terão nenhum valor cognitivo. Sob o paradigma dominante da ciência mecânica, estes cientistas acreditavam que os processos humanos são fenômenos que comportam certa regularidade, podendo ser apreendidos pelos estudos naturais. No seu trabalho Système de la nature, Holbach acredita que os sistemas sociais e morais possuem o mesmo princípio inteligível da natureza: bastaria naturalizar os fenômenos da ordem humana e social para que se obtivesse um entendimento seguro da natureza do homem. Vieram à púbico muitos estudos sobre a religião natural, a moral natural, o direito natural, a história natural etc. Afirmava-se que todo fato humano possuía um pano de fundo biológico. A medicina e a biolog;ia passam a estudar também seres humanos em função das condições físico-químicas em que se dá o aparecimento da vida.

Eis que, no curso do século XIX surgem alguns cientistas dispostos a retomar a questão da natureza do humano para além das determinações naturalistas

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