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quarta-feira, 23 de julho, 2014
Setor de produtos de limpeza eleva preços e revê metas
A indústria de limpeza reajustou os preços de seus produtos de forma mais acentuada neste ano, com reflexos que chegaram ao varejo. No acumulado de doze meses até junho, a inflação desses artigos foi de 9,08%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 6,52%. No acumulado dos seis meses também houve discrepância.
Os produtos de maior expressão para o segmento - amaciante, detergente e sabão em pó - puxaram a alta. Os itens para roupa e para louça respondem por 45% do faturamento do setor. As principais fabricantes são Unilever, Procter & Gamble, Química Amparo, Reckitt Benckiser e Bombril.

Segundo Maria Eugenia Saldanha, presidente-executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza (Abipla), os aumentos de preço são reflexo de pressões de custos e não correspondem a aumento de margem para a indústria. "Para um setor de essencialidade como o nosso, não há muito espaço para ganho de margem", afirma a executiva.
O câmbio afetou o custo de matérias-primas importadas ou dolarizadas muito utilizadas pelo setor, como resinas plásticas e ingredientes usados como tensoativos, diz Maria Eugenia. "A composição de custos varia de empresa para empresa, mas também há outros aspectos menos perceptíveis, como a inflação de serviços, alguns essenciais ao funcionamento de uma indústria", afirma a executiva. "Tem indústria que consegue absorver mais, mas o nosso setor é de baixo valor agregado e tem pouca elasticidade."
Segundo o diretor de uma grande varejista, os reajustes de preços foram uma estratégia para aumentar as margens das fabricantes, que estariam abrindo mão de volume para ganhar em preço. Um economista de uma consultoria diz que a evolução dos preços de produtos químicos na porta de fábrica medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou recuo de 0,22% no acumulado do ano até maio.
Após uma década crescendo de dois a três

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