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1. INTRODUÇÃO
O
cultivo
da
cebola
(Allium
cepa
L.)
no
Brasil
tem
importância
socioeconômica, uma vez que cultivada por pequenos agricultores a necessidade de mão-de-obra é grande, gerando emprego e renda. Já na agricultura empresarial, a cebola tem importância significativa na geração de empregos de forma direta e indireta, sendo esta cultura, uma das mais importantes do ponto de vista econômico e a segunda hortaliça mais valiosa do mundo, atrás apenas de tomate
(ABDELMAGEED, 2013).
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2013), o Brasil, em 2012 obteve uma produção de 1.444.146 toneladas de cebola em uma área de 58.496 hectares, alcançando um rendimento médio de 24,7 t ha-1. A produtividade média obtida no Nordeste foi de 25,7 t ha-1, cuja produção representa
21,7% da produção nacional. Os Estados da Bahia e Pernambuco são os maiores produtores do Nordeste com produtividade média de 29,1 e 20,4 t ha-1, respectivamente. A cebola é cultivada em vários Estados brasileiros: Santa Catarina, Rio
Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Os Estados da Bahia e
Pernambuco são grandes produtores de cebola, principalmente, a região do Vale do
São Francisco. Cidades como Belém do São Francisco e Cabrobó, em Pernambuco,
Casa Nova, Juazeiro e Sento Sé, na Bahia, são produtoras importantes, mas também outras cidades desta Região contribuem para elevar a produção desta olerácea. No entanto, o Brasil não é autossuficiente na produção de cebola. O alto consumo deste bulbo durante o ano, associado às menores safras em algumas regiões produtoras, em determinados períodos do ano, torna essencial sua importação, principalmente da Argentina, Holanda e Espanha (SCHMITT, 2010).
Em razão das peculiaridades do clima e do solo, o cultivo da cebola no semiárido objetivando elevadas produções, é dependente de práticas de irrigação.
Para Grangeiro et al. (2008), as condições edafoclimáticas do Nordeste apresenta grandes vantagens