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O Repórter Esso surgiu durante a Segunda Guerra Mundial como parte integrante de um pacote de ações ideológicas dos EUA, com objetivo claro de ganhar aliados na América do Sul que flertava com nazistas alemães. Posteriormente, no fundo ideológico, o combate aos fascistas foi substituído pelo combate aos comunistas. O locutor Heron Domingues apresentou o programa durante 18 anos. Os slogans “Repórter Esso, a testemunha ocular da história” e “Repórter Esso, o primeiro a dar as últimas” ficaram famosos em sua voz.
A aparente imparcialidade, o lide, o texto sucinto e a objetividade foram algumas novidades trazidas pelo Repórter Esso aos longos noticiários das rádios da época. As inovações do programa influenciaram também as disputas políticas e culturais do país, já que o próprio noticiário fazia parte de um plano político maior. O Office of Interamerican Affairs (OIAA) iniciou sua atuação em 1938 nos EUA como resposta à influência nazista na América Latina. Mais tarde a OIAA estimularia a inserção de personagens latinos nas animações da Walt Disney, como o Zé Carioca, como forma de gerar boa vontade com os norte-americanos. Getúlio Vargas percebeu o poder de atingir as massas populares através do rádio e se declarava neutro em relação ao conflito da 2ª guerra. Poucos meses depois do surgimento do Repórter Esso, o Brasil se aliava aos EUA. O conceito de imparcialidade do noticiário foi usado como arma ideológica e acabou servindo para definir uma posição do país frente a guerra. Com a renúncia de Getúlio Vargas no final da 2ª guerra, o Repórter Esso também mudou, passando a dar notícias locais sobre partidas de futebol, cotação do café, entre outros. As notícias internacionais ainda continuariam, mas com menor espaço.O fim do programa radiofônico, em 1968, foi marcado por dois fatores principais: a crescente perda de credibilidade e o cumprimento de uma missão político-ideológica. O país já se encontrava em plena ditadura amplamente apoiada pelos EUA.
O fato é que

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