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1109 palavras 5 páginas
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Reflexões sobre o Fordismo e o Pós-Fordismo
REFLEXIONS ON FORDISM
AND POST-FORDISM
Fordismo. Origens e Metamorfoses de LÚCIO ALVES DE BARROS
Piracicaba: Editora UNIMEP • Série Textos Acadêmicos • 2004
92p. • R$ 14,00 • ISBN 85-85541-47-4

A

recente publicação de Fordismo. Origens e Metamorfoses, do sociólogo Lúcio Alves de Barros, permite-nos refletir sobre importantes aspectos das atuais transformações dos processos produtivos no mundo do trabalho. Tais transformações caracterizam-se como incompletas, limitadas e inseridas no desenvolvimento político-econômico do capitalismo e na constituição do que Harvey1 apropriadamente conceituou como acumulação flexível.
Sob a inspiração do ecletismo, da erudição e do engajamento político do falecido sociólogo Vinícius Caldeira Brant (ex-professor da
UFMG) e embasado em importantes referências bibliográficas das áreas de sociologia do trabalho, economia política e administração, Barros nos aponta que os “novos modelos” de produção (sueco, italiano e japonês) “não estão divorciados dos princípios apregoados pelo taylorismo/fordismo”.2 Longe de negar ou ignorar as mudanças que configuram a realidade pós-fordista ou neofordista, o autor discute criticamente a ingênua empolgação da teoria da especialização flexível de Piore e
Sabel,3 de modo a elucidar os pontos frágeis de sua defesa aos “novos” paradigmas da organização produtiva.
O autor aborda inicialmente as origens tayloristas do fordismo e sua constituição como modelo de organização do trabalho. Em seguida, discute os seus processos de desenvolvimento e sua maturação como modo de regulamentação social e política. De acordo com a visão de
Harvey,4 o sociólogo aponta-nos que a acumulação capitalista no período fordista-keynesiano apoiou-se na produção e no consumo de massa e numa expansão econômica que se deu paralelamente à cons1
2
3
4

HARVEY, 1993, p. 140.
BARROS, 2004, p. 86.
PIORE & SABEL, 1984.
HARVEY, 1993.

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