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2.3 A CRISE DE 29
Após a Primeira Guerra Mundial, a população dos Estados Unidos passou por um grande período de euforia. Durante o conflito, os países europeus tiveram que diminuir sua produção de bens de consumo e utilizar as fábricas para produzir armas. Para suprir suas necessidades, passaram a importar produtos fabricados nos EUA. Isso fez com que a economia norte americana crescesse muito. Além disso, nos Estados Unidos se incentivava a aquisição de bens materiais. Em meados da década de 1920, esse cenário começou a mudar. Na Europa, países como a França e a Inglaterra, em recuperação ecônomica dos efeitos da Primeira Guerra
Mundial, diminuíram suas importações de produtos americanos. Porém, as empresas estadunidenses não diminuiram sua produção. Assim, nos galpões das fábricas começaram a se formar grandes estoques de mercadorias que deixavam de ser vendidadas. Sempre que isso acontece, os economistas dizem que há uma crise de superprodução. Ou seja, as fábricas produzem, mas não há compradores. Diante disso, a indústria foi obrigada a diminuir suas atividade e demitir trabalhadores. O desemprego, por sua vez, provocou a queda do poder aquisitivo da população. A atividade bancária também foi afetada pela crise. Empresas e agricultores que haviam obtido empréstimos não podiam pagar suas dívidas. Em Outubro de 1929, a crise atingiu a Bolsa de Valores de Nova York. Nessa época, era muito grande o número de pessoas que possuíam ações, cujo valor vinha subindo continuamente, o que dava aos acionistas a sensação de que estavam cada vez mais ricos.
Mas quando a economia entra em crise e as empresas começam a falir, as ações perdem valor e seu preço cai na Bolsa de Valores. No dia 24 de outubro de 1929, a oferta de ações era grande e faltavam compradores, ou seja, a oferta de ações para venda era muito maior do que a procura de ações para compra. A crise não perdoou nenhuma classe social: banqueiros, industriais,