197518330281

629 palavras 3 páginas
Para Rizatto, um dos principais problemas da Escola do Direito é de ordem pedagógica. A primeira preocupação do autor em seu Manual de Introdução, é com a questão do ensino Jurídico. Ele considera o modelo estabelecido nos cursos de Direito arbitrário e sem sentido científico e pedagógico.
"Funciona como uma verdadeira prateleira de supermercado com produtos a mostra!". Para ele um dos grandes problemas está em considerar o fenômeno jurídico como algo pronto e acabado, comparando o ensino jurídico a um supermercado, onde "os produtos" estariam na "prateleira", e nós alunos, seríamos meros "consumidores".
Além disso, considera a Escola do Direito uma ficção: O objeto posto ao aluno nem sequer existe! O sistema jurídico é, uma construção doutrinária, "é uma abstração posta num sistema inventado que não pode ser encontrado em nenhum lugar" da realidade concreta. São raríssimas as vezes em que se estuda fenômenos jurídicos e SOCIAIS, realmente pertencentes ao "mundo real". Há uma desconexão entre os problemas sociais, (que são reais), e o que se estuda nas Escolas de Direito. É tudo tão perfeito e acabado, que não dá pra relacionar com a realidade. É como se não existissem mais problemas a resolver: "Na sala de aula a abstração do conteúdo transmitido suprime a violência real do mundo, isolando e alienando o estudante." Por essa razão, que se encontram tantos profissionais alienados ao problemas existentes na nossa realidade concreta, que não conseguem entender o aspecto HUMANO do Direito. Levam para vida profissional, aquilo que aprendem na vida acadêmica. O fenômeno jurídico analisado apenas como ficção, está distante da vida real e dificilmente poderá ser posto em prática. Os estudantes se tornam vítimas de um processo de manutenção de um sistema injusto e arbitrário.
Outro problema, é o fato de a maioria dos professores se acreditarem capazes de "cuspir" (para usar o termo que o próprio Rizatto utiliza) o conhecimento para os alunos, o que já é desestimulador

Relacionados