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Nessa semana estamos vendo o povo nas ruas protestando contra uma série de coisas, desde aumento das passagens até a corrupção generalizada. Para muitos as cenas de violência e caos nas ruas podem assustar; para outros tudo não passa de baderna de pessoas que se aproveitam do momento e ainda para outros, o que vimos durante a semana é a expressão de ansiedades não resolvidas e da angústia de viver num país onde os valores estão descaracterizados. Uma coisa é certa: Algo está acontecendo em nosso país e como cristãos não podemos ignorar esse momento. Zygmunt Bauman disse que nos últimos vinte ou trinta anos temos vivido com um dinheiro que não é nosso, fruto de uma sociedade de consumo e de crédito, seguindo um pensamento filosófico estranho: Use agora e pague depois. Segundo esse pensador, nós hipotecamos o futuro. E os protestos que vimos apontam para esse caminho de frustração que se pode ouvir nas ruas e nos sites de relacionamento da internet. Não é apenas por causa de vinte centavos (R$ 0,20), mas pelo custo que temos pagado e pela falta de condições básicas como saúde, educação e segurança; a gritaria é contra a corrupção generalizada que faz com que nosso país seja visto como um berço de corrupção legalizada, de uma justiça lenta, antiquada e tendenciosa, principalmente àqueles que têm dinheiro. Não é segredo para ninguém que a nossa população está endividada com o “outro milagre econômico”, que apesar de toda propaganda de sermos uma “potência emergente” o que se esconde por trás é o ganho de poucos e a destruição da dignidade de muitos. Como explicar que o governo gaste por jogo da Copa das Confederações uma média de R$ 15,8 milhões de reais e não invista algo semelhante nos hospitais públicos? Como explicar que o governo do Distrito Federal gaste R$ 5 milhões em shows na abertura da Copa das Confederações e não invista o mesmo em professores e escolas públicas? É natural que tudo isso exploda numa onda de raiva e protestos. No entanto,

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